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sexta-feira, 14 de março de 2014

Para que serve o Político?

Como a Politica se originou?

As palavras "Político" e "Política" se originam da palavra grega "Pólis", que significa "Cidade". O político seria aquele que administraria a Cidade-Estado grega, na Grécia Antiga e faria então através da administração das coisas públicas, ou seja, da "Rés Públic". Só os homens bons poderiam ter o direito de administrar a Cidade, ou seja, homens livres e ricos, não poderiam ser mulheres, nem estrangeiros, muito menos os escravos que existiam ou por guerras ou por dívidas e não por qualquer forma de preconceito racial até então. As mulheres eram colocadas em situação de submissão total de seus homens, não decidiam nada, não votavam nada, contam alguns historiadores que nem se quer eram contabilizadas em censos estatísticos, o estranho é que o gado e os escravos constavam no senso, mas as mulheres não, segundo contam. Este "Cidadão", não poderia trabalhar, isto era desonroso e não o qualificava como digno, o ócio era funcional, necessário, pois o "homem bom", o "cidadão", o homem que podia votar e decidir, deveria dedicar-se exclusivamente para a função pública, aos assuntos de Estado. Os seus ofícios pessoais deveriam ser cuidados por escravos e a sua casa e filhos administrados por suas esposas e mães.
A olhar pela breve descrição acima da origem de tudo, o que temos por democracia em alguns casos pode até ser considerado um grande processo evolutivo, afinal, agora nem temos mais escravos e as mulheres já podem votar e ser votadas, não são considerados "Cidadãos" só os ricos, todos podem votar e ser votados para administrar a coisa pública e lembrando, para os gregos da Grécia Antiga a "Demo Cracia", ou seja, governo para todos, era coisa de Deuses, não possível para homens, para homens o ideal seria a oligarquia, o governo dos mais qualificados, dos melhores, o que temos hoje iria lhes beirar a um mundo sem Governo, sem Estado, sem controle, uma "Anarquia" de seres "Apolíticos", percebam, o "A" entra como negação de algo ou alguma coisa. Por isto, sempre que alguém se diz apolítico ou apartidário, significa que nega tudo, não que apoia todos ou que respeita todos. Estranhamente, em vários textos públicos e políticos tenho percebido declarações que alguns grupos, em até alguns casos técnicos de ação coletiva política, se auto-declaram sendo apolíticos, quando poderiam se intitular "poli-político", "multi-político", "pluri-político" e no caso partidário também, ao invés de "apartidário", poderiam ser intitulados de "poli-partidário", "multi-partidário" ou "pluri-partidário", os hifens foram apenas para destaque, a nova norma os aboliu, ressalto.

Modernamente o conceito de democracia é tão vasto que Norberto Bobbio não só tornou este o maior verbete de seu famoso Dicionário de Política, como escreveu um livro só sobre o tema: "O futuro da democracia", ainda assim, ao final deixou claro que não pensou em momento algum esgotar o tema. Carl Schimitt, com o seu livro: "O conceito do político" também não esgota o tema que tento resumir aqui em poucas linhas para o entendimento geral. Você também já devem ter percebido a esta altura do texto que  em todo meu material saliento as imagens e as informações dos grandes mestres e pensadores, os valorizo, em especial  SócratesPlatão e Aristóteles, os principais filósofos da Grécia Antiga. Isso ocorre por que fazemos sempre política, na prática, é a arte da negociação, nem a economia ocorreria sem um acordo político prévio, nem o escambo, antes mesmo da moeda existir, não se pode acabar com a política, negá-la é um simples ato de omissão, ela não deixa de existir, ao negar, você autoriza outros a fazerem ela em seu lugar a endossarem coisas em seu nome, só isto.

Em 2006 a TV Pampa me entrevistou sobre o que cada político nacional teria com função ao assumir o poder, é esta a entrevista do vídeo abaixo, ainda assim, usarei este espaço para tirar algumas dúvidas que possam surgir sobre o tema tanto para políticos como para cidadãos.

O que nos liga socialmente aos políticos?

Talvez uma das obras que mais explica a necessidade do político e da política, modernamente falando, seja ainda "O Contrato Social", de Jean-Jacques Rousseau. Basicamente, ela conceitua que cada um de nós cede uma parte de nossa liberdade em prol da segurança de um Estado e de uma ordem social que organize um sistema que nos dispense de nosso poder e obrigação de controle sobre as coisas públicas, relegando a terceiros estas condições, dai a necessidade dos políticos existirem, seriam os nossos representantes e falariam e agiriam em nosso nome. Ocorre que, quanto maior for a estrutura de poder, mas facilmente ocorre a corrupção dele, pois é inversamente proporcional a sua capacidade de controle social das ações. Em um país continental como o Brasil então, torna-se ainda mais improvável um controle absoluto, 100% eficiente e eficaz. O Contrato Social, não previa situações como esta, por certo, a maximização do poder em modo continental altera a realidade do poder. Torna-se necessário um controle local, regional e que permita avançar em detalhes nas mais altas esferas nacionais, mesmo com tal dimensão e tamanho.  No Contrato Social, não há controle social, ele é distribuído aos nossos líderes que nos representam de modo digno e probo, correto em todos os sentidos. A corrupção deste sistema idealizado é que ocasiona a ruptura do contrato social, e ai uma ressalva, tanto a corrupção do voto, quanto da conduta do líder político no exercício do poder. Quando um eleitor desqualifica o voto como possibilidade de alternância de poder, o sistema entra em colapso por si só, torna-se vicioso. As ações de políticos corruptos pode ser controlada em uma democracia com a alternância de poder, basta trocar as peças do tabuleiro político, não havendo isto, a culpa não é só dos políticos corruptos, mas também do povo que os elegeu e manteve no poder!

O que cada cargo político do


Brasil tem como função?


É importante salientar que uma vez eleito, um político não faz mais campanha, ele precisa governar para todos, não só para aqueles que o elegeram, ele representa todos na sua instância de poder e não só o seu segmento. Ou seja, se você foi eleito Deputado Federal pelo seu Estado, só representará ele no que toca aos temas de seus interesses regionais, no restante do tempo você representa todo o país e deve priorizar a nação acima de tudo, para assegurar o bem comum. Bom, isto é o ideal, infelizmente a realidade não mostra hoje muitas posturas deste modo. Partidos, ideologias e segmentos devem ser colocados em segundo plano para permitir que haja uma equidade democrática real nos cargos e funções, não importa se forem cargos legislativos ou executivos, caso contrário, a democracia se verá fragilizada diante de interesses pessoais acima dos nacionais e coletivos.

Cargos Legislativos:

A função de todos os cargos Legislativos é uma só, Legislar, criar leis, projetos e propostas legais que possam ampliar a capacidade de representatividade da população, atualizando a cidadania e qualificando a representação democrática nacional, na medida de sua instância representativa de poder. Não é função do poder Legislativo governar, no Brasil não existe a figura do Primeiro Ministro, que governa em nome de um Rei ou Presidente em um Parlamento, nosso sistema é Presidencialista e não Parlamentarista!

Senador: Representa o Estado de origem, é atualmente eleito no Brasil. Os Senadores originalmente representavam a Câmara Alta, em muitos lugares a Câmara dos mais sábios, dos anciãos. Hoje, no Brasil a eleição dos Senadores ocorre de quatro em quatro anos para um mandato de oito anos, em uma delas ocorre a renovação de 2/3 e na outra a renovação de 1/3, ou seja, são hoje três representantes para cada Estado, sendo este um número fixo, independente da população de cada Estado. Isto seria equitativo, não fosse o caso de que algumas regiões nacionais são muito mais recortadas por Estados que outras. A região nordeste, por exemplo, é a mais recortada do Brasil, é a que contêm o maior número de Estados nacionais e por conta disto acaba sendo a maior região com Senadores, tornando-se a maior bancada representativa nacional em todas as votações. Este desequilíbrio se dá a um fato chamado, Pacto Federativo Nacional, ocorrido ainda dentro do período militar, que promoveu a distribuição de poderes favorecendo algumas regiões mais que outras no país, hoje, Estados mais populosos possuem menor poder político que áreas menos povoadas, isto significa que no Brasil, cada cidadão não é de fato um voto, o que enfraquece nossa democracia nacional.

Deputado Federal: Representa o povo de seu Estado de origem nacionalmente, muito embora sejam ambos eleitos por sistema de voto direto hoje no Brasil, o Senador não representa o povo e sim o Estado somente, quem de fato é a voz do povo, por lei, é o Deputado Federal, o que seria conhecido antigamente e em alguns países por Câmara baixa, a Câmara de representação popular ou regional. Hoje a representatividade do Deputado Federal é, do mesmo modo que a do Senado do Brasil, regida pela norma do Pacto Federativo Nacional, o que permite a desproporção representativa nacional. Por lei, hoje não importa o seu tamanho geográfico ou se um Estado nacional tenha população suficiente ou não, cada Estado possui o direito de eleger pelo menos oito Deputados Federais e no máximo setenta, ou seja, o menor Estado do Brasil nem tem população suficiente para eleger oito Deputados em uma situação de proporcionalidade equitativa nacional, mas elege e o maior Estado nacional do Brasil é impedido de eleger mais representantes do que os setenta determinados por lei. Novamente, mostra-se que não há representatividade equitativa do voto nacional, na prática, no Brasil, cada cidadão não é um voto de fato!  Os Deputados Federais é que proporcionam o tamanho dos espaços de Rádio e TV, no horário eleitoral gratuito nacional, pois quanto maior for a bancada nacional de um partido, maior será a proporção de seu espaço na mídia e isto também irá reduzir o percentual do coeficiente eleitoral deste partido, ou seja, ele precisará de menos votos para eleger um representante em relação a outro partido. Tal desproporcionalidade é desleal ao meu ver, pois impede que todos os votos sejam tratados de modo equitativo e proporcional, desqualificando a vontade popular diante de fenômenos midiáticos temporais.

Deputado Estadual: Representa o povo de seu Estado de origem regionalmente ou por segmento de interesse. É comum um Deputado Estadual hoje representar uma categoria somente, como a sindical por exemplo, caso ela seja bem organizada e fiel, isto pode se reverter em votos para um representante popular deste grupo. O mesmo pode ocorrer com artistas, desportistas e pessoas que sejam fenômenos midiáticos quaisquer, esta é uma das situações promovidas por votos de um sistema de proporcionalidade representativa. O impacto de um fenômeno midiático destes possibilita algumas desproporções em relação ao chamado coeficiente eleitoral, reduzindo ele para um partido que tenha tal fenômeno em relação a outros. Deste modo, hoje no Brasil ser famoso é mais importante que ter capacidade administrativa para muitas siglas políticas, pois isto aumentará a sua capacidade de aceitação popular e o fará crescer em poder. A representatividade por segmento é legítima e legal, mas o maior problema hoje é possibilitar uma devida representatividade regional, para as regiões menos populosas e povoadas, prestando-lhes proporcionalidade qualitativa, não só quantitativa. Isto é um problema que acontece em todos os Estados do Brasil atualmente, independente de seu tamanho.

Vereador: Representa o povo de seu município, do mesmo modo que o Deputado Estadual representa o povo do Estado, o Vereador do Brasil hoje também pode representar segmentos e setores sociais, via voto proporcional, mas, nem sempre representa todas as regiões de um município, na verdade, a tendência é que as regiões mais populosas possuam mais representantes que as menos populosas ou periferias, o que não permite que haja uma qualificação da equidade social também no voto municipal. Como vimos, isto é um problema nacional e que atinge todas as instâncias da representatividade do poder legislativo. Se, por um lado possibilita a ampla representação sem limites ou cerceamentos, por outro, impede a representatividade total por negar representatividades proporcionais e regionais, uma das falhas do atual sistema nacional e que impede uma representatividade plena no Brasil.

Cargos Executivos:

As funções de todos os cargos Executivos no Brasil são só duas: A de executar as leis, não a de criar leis, cumpra-se as leis em todos os casos, de acordo com a sua hierarquização positiva e a de criar de projetos para a administração pública e gestão de poder! É preciso destacar que existem poucos, se é que existem hoje no Brasil, casos de projetos de administração e gestão pública, o que mais tem se visto são projetos de governo e de poder, como se fossem a mesma coisa e não são, isto ocorre em todas as instâncias de poder nacional e nos mais diferentes setores. 

Presidente da República: Governar o país em nome de toda a nação para o bem comum, promover projetos de administração pública e de gestão administrativa que organizem a economia e a sociedade nacional. Cabe ao Presidente escalar os Ministros que trabalharão as áreas mais prioritárias de sua gestão em seu governo, assim como, cabe a ele zelar pela boa conduta política e legal e manter a ordem pública nacional. Ao Presidente também caberá coordenar a unidade dos Estados nacionais, qualificando-a no que for possível e reduzindo as desigualdades das diferentes regiões nacionais no padrão de qualidade de vida dos cidadãos, buscando sempre ampliar a mesma nos mais diferentes setores e segmentos.

Governador: Governa o seu Estado somente e em nome de todo o povo desta região age para o bem comum, promove projetos de administração pública e de gestão administrativa que organizem a economia e a sociedade regional até o limite das fronteiras de sua região, respeitando as leis federais e as leis estaduais ali estabelecidas por seu poder Legislativo. Cabe ao Governador escalar os Secretários que trabalharão as áreas mais prioritárias de sua gestão em seu governo, assim como, cabe a ele zelar pela boa conduta política e legal e manter a ordem pública Estadual. Ao Governador também caberá coordenar a unidade dos Municípios do seu Estado, qualificando-a no que for possível e reduzindo as desigualdades das diferentes regiões regionais no padrão de qualidade de vida dos cidadãos, buscando sempre ampliar a mesma nos mais diferentes setores e segmentos.

Prefeito: Lembram do topo desta página, quando comentamos sobre os gregos e suas Cidades-Estados? Pois é, o tamanho do Estado Grego não era o de um Estado ou de um País, mas de cidades. A noção que temos hoje de Grécia como nação unificada nem eles tinham sobre si, isto é uma convenção moderna, recente do ponto de vista histórico. A vida do cidadão, do indivíduo, acontece nos municípios, todo o resto é conceito legal estabelecido por convenção técnica e administrativa! A função de um Prefeito é a de governar toda a cidade e em nome de seu povo buscar o bem comum para todas as suas regiões, promover projetos de administração pública e de gestão administrativa que organizem a economia e a sociedade local regional até o limite das fronteiras de sua região, respeitando as leis federais, de seu Estado e as leis municipais ali estabelecidas por seu poder Legislativo. Cabe ao Prefeito escalar os Secretários que trabalharão as áreas mais prioritárias de sua gestão em seu governo, assim como, cabe a ele zelar pela boa conduta política e legal e manter a ordem pública local. Ao Prefeito também caberá coordenar a unidade dos bairros e vilas locais, qualificando-os no que for possível e reduzindo as desigualdades das diferentes regiões locais no padrão de qualidade de vida dos cidadãos, buscando sempre ampliar a mesma nos mais diferentes setores e segmentos. É na Prefeitura que tudo acontece de fato, o resto todo é convenção administrativa, por isto, priorizar o município é priorizar a prática e não só a teoria!

* Exceções: Eventualmente podem surgir situações onde uma emergência obrigue o poder Executivo propor ao poder legislativo alguma mudança em alguma lei via projeto, afim de qualificar a administração Executiva, o mesmo pode ocorrer da parte do Legislativo para com o poder Executivo. Mas observem, isto é exceção, não é esta a função destes poderes, não deve se tornar regra em momento algum!

No livro: "Fui Eleito! E Agora?" apresento soluções para todos estes problemas em uma proposta de Reforma Política Nacional. Para lhes atiçar a curiosidade um pouco mais, minha proposta ampliar a representatividade nacional e reduz o custo da máquina pública em pelo menos um terço do seu atual valor, explicarei como fazer isto nos meus eventos.  Contate-nos!

O mais importante disto tudo é que não inventei nada, tudo isto está na Constituição Federal, nas Constituições Estaduais e nas Leis Orgânicas Municipais, assim como, nos Códigos nacionais, são leis, só precisam ser seguidas e cumpridas. As críticas que fiz podem ser analisadas por interpretação e, se constatadas como reais pode-se pesquisar possíveis soluções para estes problemas, eu mesmo já tenho algumas, que apresentarei em meus eventos e no projeto deste site. Pesquise, estude, faça a sua parte sempre!

quinta-feira, 13 de março de 2014

O Deputado que Viamão perdeu


O Deputado que Viamão perdeu

O Deputado que Viamão perdeu.
O Correio de Viamão esteve no gabinete do Deputado Zilmar Rocha, por ocasião de sua posse e dias depois pegou uma entrevista exclusiva, acreditando que esta seria uma nova fase para o Município. Por conta disto, fizemos várias entrevistas com outras lideranças comentando a possibilidade que se abria para a cidade e aproveitamos para fazer estes contatos com o Deputado. Esta é a entrevista que foi  gravada e a promessa ficou só na esperança do povo de Viamão, um povo que te voz por breves instantes, mas agora não tem mais, lamentavelmente.
JCV – Agora o novo Deputado, já empossado, já no Gabinete, Zilmar Rocha, pelo Município de Viamão. O Correio de Viamão entrevistando. A primeira entrevista nossa com ele. Muito bom dia Deputado.
Zilmar Rocha – Bom dia.
JCV – Satisfação! Como é que o Sr. está se sentindo ocupando esta cadeira, desenvolvendo este projeto de trabalho?
Zilmar Rocha – É uma responsabilidade grandiosa! Visto que a nossa Cidade de Viamão tem uma carência de muitos e muitos anos da figura de um Deputado. Diga-se, o nosso saudoso Tapir Rocha, que era inclusive amigo meu e aprendi muito na política e entrei na política pela mão dele.
JCV – Pela mão dele?
Zilmar Rocha – Pela mão do falecido Tapir, pelo PDT!
JCV – O Sr. antigamente era do PDT, agora está filiado ao PT.
Zilmar Rocha – Sim, já a quase dez anos. Inclusive sou o Presidente do Partido na nossa Cidade de Viamão.
JCV – O saudoso Tapir foi quem trouxe o Sr. para a política? Primeiras militâncias?
Zilmar Rocha – Isto, militância e depois muitas obras que o Deputado Tapir deixou também uma marca registrada no nosso Município. E nós estamos querendo resgatar esta situação, a figura de um Deputado na Cidade, que é o que a nossa Cidade precisa!
JCV – Eu estive conversando com o Affonso Motta, Secretário do Estado do Gabinete de Prefeitos e Relações Federativas e ele até chegou a comentar, que ainda não recebeu a sua visita e está lhe aguardando. Em primeira mão nós estamos lhe comentando a este respeito. O que o Sr. teria a reivindicar junto ao governo do Estado, para que houvesse um crescimento da região e da Cidade de Viamão?
Zilmar Rocha – A nossa Cidade é uma Cidade altamente carente, então vamos dizer que nós precisamos de muitas idéias e de muitos feitos também! Mas temos assim elencados, algumas situações muito graves em nossa Cidade, ao qual a gente está se propondo de enfrentar, estes grandes desafios. Um destes desafios é a questão energética de nossa Cidade, onde uma Cidade com duzentos e sessenta mil habitantes temos apenas duas Subestações. Então, carece de pelo menos uma ou duas Subestações para equalizar o potencial energético do nosso município. Tem outras situações também, principalmente o problema relacionado na área da Infraestrutura, que diga a questão das RS, a nossa RS 118, que até agora não tem nem projeto, o projeto está parado em Gravataí e nós precisamos muito da duplicação daquele trecho, visto que ocorrem muito acidentes com gravidade ali. A nossa RS 040, que também, já de muitas décadas não desenvolve o seu potencial de seus retornos e entornos e elevada inclusive. Tem um projeto da elevada da congruência da RS 040 com a 118, que desafogaria em muito aquele trecho ali e principalmente no período de praia. A problemática que também temos com a Estrada Caminho do Meio, que vamos dizer que não é uma rodovia, mas, que é uma via importante que abrange três Municípios, nossas Cidades de Alvorada, Viamão e Porto Alegre e quem passa por ali de manhã, vê e até tu deves ter passado por estas situações, de um enforcamento total e geral, onde milhares de veículos trafegam com muita dificuldade e a nossa Cidade que está tão pertinho de Porto Alegre, chega a coisa de duas horas para sair ali de Viamão para Porto Alegre.
JCV – Pois é, tem acontecido um comentário bastante comum do trânsito, que com a redução dos IPIs aumentou o número de fluxo de veículos e as Cidades continuaram as mesmas e em alguns casos isto agravou o processo. Eu mesmo, aqui em Porto Alegre, levava vinte minutos da minha casa até o centro, hoje levo em média quarenta minutos a uma hora, dependendo da situação e do horário. Em Viamão aconteceu a mesma situação, a gente percebe também que as pessoas precisam levantar mais cedo, são menos horas de descanso, mais incômodo no trânsito, é necessário realmente estas transformações que o Sr. está comentando.
Zilmar Rocha – São três eixos da maior importância para o nosso Município, para alavancar o nosso Município. Temos outra situação com o Hospital Regional que está se arvorando ali, próximo a nossa Cidade de Viamão, em Alvorada ou por ali, que é um equipamento muito importante que nós também estaremos fiscalizando e acompanhando esta obra importante que precisamos ter sim, mas um Hospital na nossa Cidade.
JCV – No caso deste Hospital, eu andei até conversando com a Diretora deste Departamento no Governo do Estado e ela disse que, realmente, já existe para esta situação, mas que ela também não foi contatada para avançar nesta discussão. Então quero fazer uma sugestão ao Gabinete, que faça o contato com o Gabinete dos Prefeitos, com o Affonso Motta, com a Direção da área do Hospital aqui no Estado do Rio Grande do Sul, que eles realmente estão aguardando uma discussão um pouco mais intensa a este respeito. E já estão sabendo que vão ser cobrados pelo Jornal Correio de Viamão porque já estamos em contato com eles!
Zilmar Rocha – Que bom!
JCV – Vamos cobrar juntos, vamos fazer a cobrança! Estaremos cobrando junto com o Sr. estaremos sendo parceiros nestas idéias.
Zilmar Rocha – Então são três aspectos de nossa Cidade e este contexto das dificuldades, o que ocorre? Ocorre que várias empresas vão lá fazer visita, nós temos lá uma área plana muito boa. Mas, o que ocorre? Nós temos dificuldade de duas situações, que é a questão energética, que uma grande empresa não vai ter a capacidade de elencar uma grande obra com uma baixa densidade de energia elétrica e também a questão dos acessos, que é o outro problema. Então nós temos dois problemas graves!
JCV – O Sr. já conversou com o Prefeito de Viamão? São partidos diferentes, até opositores! Mas eu acredito que Viamão é mais importante que as ideologias! O Sr. chegou a conversar com ele em alguma reunião? Chamou ele ou ele lhe chamou para alguma conversa para decidir alguma coisa?
Zilmar Rocha – Não, até o presente momento nós não tivemos ainda esta oportunidade, dado o pequeno espaço de tempo e que nós ainda estamos em tratativas, mas, nós teremos sim a oportunidade de conversar com o Prefeito que tem esta responsabilidade também, nós todos temos!
JCV – Sim, é um grande avanço para Cidade, com certeza, é um grande avanço independente de ideologias, acho que Viamão precisa muito desta relação, desta boa relação entre os dois! Nós faremos a cobertura, iremos também cobrar do Prefeito, que ele esteja também entrando em contato com o Sr. e fazendo a parte de aproximar estas necessidades da Cidade, colocando acima de qualquer coisa. Porque Viamão precisa destes avanços.
Zilmar Rocha – Com certeza!
JCV – E a questão do lixo? É uma questão grave, me parece, na cidade!
Zilmar Rocha – Exatamente! Nós temos lá aquele aterro sanitário, onde se sabe que tem algum tempo apresentado saturação, então logicamente temos de elencar ai uma solução deste problema ambiental.
JCV – Acabei de participar de uma reunião de Consórcios aqui na Assembléia Legislativa e o ex-Vereador Adeli Sell, agora trabalhando no Gabinete dos Prefeitos, com o Affonso Motta, no Palácio Piratini, comentou, no encerramento dele de que, de fato, não há um planejamento para Resíduos Sólidos no Estado do Rio Grande do Sul. Quer dizer, da mesma forma que não há ainda o projeto para a Estrada lá em Viamão, não há projetos para Resíduos Sólidos, que a lei federal determina desde o final do ano passado, então realmente, o Estado do Rio Grande do Sul está atrasado com algumas situações e é necessário, esta sua aproximação neste sentido, que vai favorecer a Cidade tremendamente! Eu lhe agradeço então a entrevista.
Zilmar Rocha – Estamos as ordens meu amigo!


*Observação Final: É importante lembrar que Zilmar Rocha foi obrigado a renunciar ao seu mandato de Vereador para poder assumir como Deputado Estadual em nome de Viamão e com o retorno da Deputada Stela Farias, de Alvorada, Viamão perde a oportunidade de ter voz e vez no Estado do Rio Grande do Sul. Independente das articulações políticas que o Partido dos Trabalhadores tenha para o ano que vem, o Jornal Correio de Viamão não vê a URGÊNCIA de retirar este espaço de articulação de nossa cidade para favorecer o governo ou mesmo ao PT. Foi, uma grande perda política e social para toda a região e por certo, Zilmar Rocha, agora sem função de Deputado e de Vereador se quer, foi tremendamente prejudicado com esta situação!

Antonio Roberto Vigne
Cientista Político
Colunista Político

Após 20 anos, Viamão tem voz outra vez! março 27, 2013 vigne Destaques, Política Nenhum Comentário

Após 20 anos, Viamão tem voz outra vez!

Após 20 anos, Viamão tem voz outra vez!
Assessorado por ninguém menos que o Ex-Prefeito de Viamão, Alex Boscaini, que será seu Chefe de Gabinete, o agora Ex-Vereador Zilmar Rocha, do Partido dos Trabalhadores (PT), torna-se o representante de Viamão na Assembléia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul com um discurso emocionado e com propostas bem focadas para a cidade e toda a região.
O Jornal Correio de Viamão foi o primeiro a entrevistar Alex e Zilmar, aprecie aqui alguns trechos de nossas entrevistas.
JCV – Alex, Ex-Prefeito de Viamão, assumindo como Chefe de Gabinete do agora Deputado Estadual Zilmar Rocha, como se sente em relação a esta nova caminhada e momento de tua vida?
Alex Boscaini – Feliz, sem dúvida, não pela função que irei ocupar, mas pela conquista que Viamão obteve aqui na Assembléia Legislativa. Ver uma pessoa que tem raízes na cidade de Viamão, uma pessoa que militou durante muito tempo politicamente na cidade, que está assumindo este espaço e que nós sabemos o quanto foi difícil para novamente chegarmos até aqui, pois tivemos em nossa história somente um Deputado, em memória cito Tapir Rocha e só vinte anos depois a gente consegue aqui na AL-RS, com uma pessoa que é voltada, com suas tradições, com sua história, sua família, e seu trabalho, no nosso município de Viamão. Não existe dimensão do valor que dou a este gesto do Zilmar de renunciar ao seu mandato, para aqui assumir, pois isto se torna para nós uma ferramenta para gestionar melhor, articular melhor a política de nosso município, atrair melhores investimentos, com uma atenção maior para o nosso município de Viamão.
JCV – Muito obrigado pela entrevista, o JCV agrade a o convite e a oportunidade de aqui estar representando Viamão e a região metropolitana de Porto Alegre, através do nosso Deputado e do Sr., muito obrigado.
Alex Boscaini – A gente que agradece ao CJV por estar aqui presente, por que nós precisamos do acompanhamento das ações do Deputado na nossa imprensa local.
De seu discurso de posse emocionado pinçamos algumas frases do agora Deputado Zilmar Rocha, veja algumas de suas frases abaixo:
”Sei que sou Deputado Gaúcho e vou trabalhar para todo o Rio Grande, mas o meu maior compromisso é com a minha cidade de Viamão, conheço muito a minha cidade e sei de suas carências, necessidades, peculiaridades e a cultura de nosso povo.”
“Viamão também será protagonista e fará a sua história também! E vou lutar diariamente por isto!”
“Temos riquezas históricas e natureza exuberante! Queremos potencializar esta vocação!”
“Mas queremos mais, queremos buscar grandes obras de infra-estrutura, como a conclusão da RS-118, o desafogamento da RS-040, a duplicação da Estrada Caminho do Meio, o aumento da capacidade energética e abastecimento de água, a ampliação da capacidade de  tráfego e transmissão  de dados pelas concessionárias de telefonia, com isto e com um olhar diferenciado de investidores, que já vêem a nossa cidade como um alvo de ótimos negócios, que gerarão emprego e desenvolvimento sócio econômico para a região.”
“Queremos mais investimentos na saúde também, com um hospital regional, que em breve será realidade! Instalação do Instituto Federal de Educação, busca pelo melhor aparelhamento da nossa Polícia Civil e Militar, preparação para recebermos uma delegação da Copa do Mundo em 2014”
Ressaltou ainda o Deputado Zilmar em seu discurso:
“As transformações e os investimentos feitos pelo Governador Tarso e pela Presidenta Dilma, são visíveis por todo o Estado e estaremos unidos para a sua reeleição em 2014, para que possamos conquistar ainda mais investimentos e continuar transformando o Rio Grande do Sul e o Brasil!”
Zilmar ainda homenageou em seu discurso a Capital gaúcha pela passagem de seu aniversário de 241 anos e ao seu chefe de Gabinete, o Ex-Prefeito Alex Boscaini, onde emocionado agradeceu de modo especial pelo apoio e parceria.
Após o discurso de posse, a primeira entrevista do novo Deputado foi ao JCV, veja abaixo trechos deste momento histórico:
JCV – Estamos com o agora empossado Deputado Estadual Zilmar Rocha! Como o Sr. se sente neste momento de sua posse?
Zilmar Rocha – Me sinto muito a vontade, mas um pouco emotivo.
JCV – O seu discurso foi bastante emotivo, foi lindo!
Zilmar Rocha – Que bom, que bom! Então, nós estamos aqui em uma situação de muita responsabilidade, porque nós temos ai a quase vinte anos a ausência de figura de um Deputado para representar a nossa cidade.
JCV – Desde o Tapir Rocha.
Zilmar Rocha – Meu amigo Tapir, que entrei na política pelas mãos dele, meu amigo Tapir e me sinto muito feliz, por estar em uma posição tão importante, mais especificamente por nossa cidade de Viamão, onde fizemos vinte e dois mil votos e onde queremos dar um retorno político para a nossa cidade, pois queremos trabalhar pela cidade de Viamão!
JCV – Será uma grande honra para Viamão, para o Rio Grande do Sul e para a região metropolitana de Porto Alegre a sua presença nesta casa, seja bem vindo, sucesso e parabéns pela posse!
Zilmar Rocha – Muito Obrigado, a nossa região metropolitana também, nós temos algumas propostas, por exemplo, para o Litoral Norte, praia de Cidreira, por exemplo, ao qual queremos dar uma atenção maior para estas cidades. Estamos sempre as ordens para o Jornal.
 Veja algumas outras fotos que registramos deste marcante evento para a cidade de Viamão abaixo:



* JCV – Jornal Correio de Viamão – Antonio Roberto Vigne – Colunista Político e Cientista Político